Higiene Íntima e Corporal

27 de mar.
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O Que Nunca Te Ensinaram

Falar de higiene parece básico, mas e se te disser que há muita coisa sobre o teu corpo que nunca te explicaram? Que às vezes não sabes bem como cuidar de ti porque ninguém teve essa conversa contigo — nem a escola, nem a família, nem ninguém.

Pois é. A verdade é que a higiene íntima e corporal vai muito além de tomar banho todos os dias. É sobre saúde, respeito próprio e até autoestima.

Porque é que é tão tabu?

Vamos direto ao ponto: vivemos numa sociedade que te envergonha por falar do teu corpo. Crescemos a ouvir que certas partes são “feias”, “vergonhosas” ou “devem ser escondidas”. Resultado? Sentimos desconforto em aprender sobre elas, e mais ainda em falar sobre elas. Mas o corpo não é um tabu. É teu. E quanto mais souberes sobre ele, melhor vais conseguir cuidar dele.

O que é, afinal, uma boa higiene?

Higiene corporal não é só perfume ou desodorizante. É também:

- Lavar bem zonas como axilas, pés e pescoço — onde o suor acumula mais;

- Trocar de roupa interior diariamente;

- Lavar o cabelo conforme o tipo (não é “sujo” se não for lavado todos os dias, mas também não pode ser negligenciado);

- Cuidar das unhas (mãos e pés) — limpas e cortadas evitam infeções;

- Usar uma toalha própria para o corpo e outra para o rosto.

Higiene íntima é ainda mais delicada. E, muitas vezes, feita de forma errada.

- A zona íntima tem o seu próprio pH — usar sabonetes comuns pode desequilibrar e causar infeções;

- Não uses duchas internas;

- Evita roupa apertada ou sintética todos os dias — a pele precisa de respirar;

- Durante o período, muda o penso/tampão/coletores com frequência;

- E o mais importante: escuta o teu corpo. Ardor, odor forte ou desconforto não são “normais”. São sinais. Vai ao médico sem medo ou vergonha!

Não é só limpeza. É autocuidado!

Quando cuidas da tua higiene, estás a cuidar de ti, e isso constrói autoestima. Sentires-te limpo, confortável e saudável melhora até a forma como enfrentas o dia.

Cuidar de ti não é vaidade. É amor-próprio.

E se não sabes… pergunta.

Não tens de saber tudo, mas tens o direito de aprender. Conversa com alguém em quem confias, lê fontes seguras, fala com um profissional de saúde, mas não ignores! A desinformação pode causar problemas que facilmente seriam evitados com conhecimento.