Ansiedade Escolar
- 3 de abr.
- 2 min de leitura
O tabu que te afeta mais do que imaginas
"Tenho que tirar boa nota."
"Se reprovar, os meus pais vão ficar desiludidos."
"Está toda a gente a perceber, menos eu."
"Se falhar este teste, estrago o meu futuro."
Quantas vezes já pensaste assim?
Provavelmente mais vezes do que consegues contar, e está tudo certo em admitir isso, porque esta é a realidade de muitos estudantes — mas poucos falam sobre ela com sinceridade: a ansiedade escolar.
O problema é mais comum do que achas, a pressão para ter sucesso na escola vem de todo o lado: pais, professores, colegas, redes sociais e… de ti próprio. Vivemos numa cultura onde falhar parece ser o pior dos pecados, onde dizer “não estou bem” ainda é confundido com fraqueza, mas a verdade é que a ansiedade escolar não escolhe pessoa.
Pode afetar alunos excelentes, medianos ou com dificuldades, é silenciosa, constante, e esgota-te mentalmente.
Como é que se manifesta?
A ansiedade escolar nem sempre se mostra em lágrimas, muitas vezes aparece em:
- Dor de cabeça antes das aulas;
- Falta de ar antes de um teste;
- Vontade de desistir mesmo quando te esforças;
- Pensamentos de “não sou suficiente”.
E o mais assustador é: acostumamo-nos a viver assim, como se fosse normal.
Mas não devia ser normal e é aqui que entra o verdadeiro problema: a normalização da exaustão. Dormir 4 horas, estudar até não aguentar mais, viver num stress constante… não é um troféu, é um sinal de alerta, e queres saber o pior? Muitos adolescentes acreditam que, para serem valorizados, têm de suportar tudo em silêncio.
Então o que fazer?
Começa por questionar:
- O que é que realmente me está a causar esta pressão?
- Estou a estudar para mim… ou para agradar aos outros?
- Tenho momentos de descanso ou estou sempre a pensar na escola?
Falar com alguém, pedir ajuda, organizar o tempo, reconhecer os próprios limites — são passos pequenos, mas poderosos. Não se trata de deixar de estudar. Trata-se de estudar com saúde mental preservada.
Tu não és a tua nota! A tua identidade vai muito além de um 8, um 13 ou um 18. És mais do que aquilo que escreves num teste! És alguém que sente, que vive, que tenta. E isso já é válido. O teu valor não se resume a um boletim de avaliação.
Para refletires:
> Estás a viver a tua adolescência ou só a sobreviver à escola?
> E se começasses a tratar o teu bem-estar como prioridade, tal como tratas os teus trabalhos?
O mais importante:
Lembra-te sempre que nunca estás sozinho nisto, há sempre mais pessoas como tu, e o melhor nestas alturas é tu arranjares alguém para falares sobre os teus problemas, como um psicólogo, um parente, um professor ou um amigo. Existem também linhas de apoio caso precises.



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